quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Milagre dos Peixes

Milagre dos Peixes

São muitos os milagres atribuídos a Santo António. Um deles, conhecido por Milagre dos Peixes, ocorreu, segundo a lenda, em Rimini, quando Santo António estava a pregar aos hereges e estes, não o querendo ouvir, viraram-lhe as costas. Perante esta indiferença, Santo António não desistiu, e já que os homens não o escutavam, dirigiu-se às praias do Mar Adriático e clamou aos peixes que o ouvissem e celebrassem os louvores do Senhor. De repente, deu-se o milagre, milhares de peixes emergiram fora de água, ordenadamente, em atitude de escuta e cada qual junto com os da sua espécie e tamanho. Diz-se que os hereges acorreram para ver esta maravilha e que muitos deles acabaram convertidos. Esta lenda serviu de inspiração ao Padre António Vieira que no Sermão de Santo António aos Peixes refere a sua intenção de, perante a indiferença dos homens às suas palavras, mudar de auditório e à semelhança de Santo António pregar aos peixes e não aos homens.


Sermão de Santo António aos Peixes

Padre António Vieira pregou o Sermão de Santo António aos Peixes na cidade de São Luís do Maranhão em 1654, antes de se embarcar ocultamente para o Reino, na sequência de alguns litígios com os colonos portugueses no Brasil.

O exórdio do Sermão de Santo António aos Peixes é a apresentação do assunto do Sermão. Partindo do conceito predicável "Vos estis sal terrae" (S. Mateus), o sermão vai progredindo sempre a partir deste tema, sendo todo ele tecido de alegorias; os vícios, os erros dos colonos do Brasil, o pregador materializa-os em vários peixes, que transfigura e humaniza: o roncador, o orgulhoso, o voador, o ambicioso, o pegador, o parasita, e o polvo, o traidor, mais traidor que o próprio Judas: "Judas abraçou a Cristo, mas outros o prenderam; o polvo é o que abraça e mais o que prende. Judas com os braços fez o sinal, e o polvo dos próprios braços faz as cordas".
Através dos peixes, António Vieira critica os vícios dos colonos, humanizando os peixes e animalizando os homens:
"Quem olhasse neste passo para o mar e para a terra, e visse na terra os homens tão furiosos e obstinados e no mar os peixes tão quietos e tão devotos que havia de dizer? Poderia cuidar que os peixes irracionais se tinham convertido em homens, e os homens não em peixes, mas em feras."
Sátira feroz, bela e corajosa, pela criação dos diversos tipos tão representativos da sociedade colonial: o colonial roncador, o colonial pegador, o colonial voador, o colonial camaleão, todos se comiam uns aos outros como peixes do mar. Segundo António Vieira, Santo Agostinho estranhava que os peixes se comessem uns aos outros, vivendo "no mesmo elemento", pelo que mostrou aos homens como se pareciam eles com os peixes: "Os homens com suas más e perversas cobiças, vêm a ser como os peixes, que se comem uns aos outros".














Trabalhinho:


A Mena na cozinha

Coelho assado no forno

1 coelho

3 dentes de alho pisados

1 dl de vinho branco

1 dl de vinho tinto

2 folhas de louro

1 colher de sobremesa cheia de massa de pimentão

1 dl de azeite

1 colher de sopa de margarina

sal

pimenta

piripiri

batatas

1 lata de cogumelos

salsa

Depois de limpo, corte o coelho aos bocados.
Tempere com sal, alhos picados, pimenta e piripiri, vinho branco e tinto, massa de pimentão, folha de louro, salsa e um fio de azeite.
Misture tudo bem e deixe marinar durante 3 horas.
coloque o coelho num tabuleiro de barro untado com azeite e por cima, deite a marinada e espalhe pedacinhos de margarina.

Leve ao forno quente, virando a carne de vez em quando.
Frite as batatas cortadas em cubos e junte-as ao coelho quando este estiver quase pronto. Adicione também os cogumelos. Envolva tudo no molho e deixe apurar.

Bom apetite!

1 comentário:

Mona Lisa disse...

Olá Mena

Sempre gostei do "Sermão de Santo António aos Peixes".
Tenho para agendar uns extractos com umas fotos minhas, não sei para quando.

O almoço agradou-me.
Passei à horinha certa.

Bjs.