terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Meu caminho é por mim fora






Sebastião Artur Cardoso da Gama nasceu em 10 de Abril de 1924, em Vila Nogueira de Azeitão, tendo falecido a 7 de Fevereiro de 1952.


Licenciou-se em Filologia Românica, em 1946, na Faculdade de Letras de Lisboa, leccionando provisoriamente, dois anos mais tarde, na Escola Técnica de Setúbal.

“Serra Mãe” foi a primeira obra do poeta, que surgiu em 1945, seguindo-se, nos dois anos sequentes, “Loas a Nossa Senhora da Arrábida” e “Cabo da Boa Esperança”.

No dia 4 de Maio de 1951, casou com a amiga de infância Joana Luísa, no Convento da Arrábida, tendo sido a primeira cerimónia ali celebrada.

No mesmo ano surgiu a quarta obra, intitulada “Campo Aberto”.

A 7 de Fevereiro de 1952, Sebastião da Gama morre, vitimado por uma tuberculose renal, de que sofria desde a adolescência.

A título póstumo foram publicados, em 1953, “Pelo Sonho é que vamos” e “Lugar de Bocage na Poesia Portuguesa”, este último em resultado de uma conferência proferida em 15 de Setembro de 1950, em Setúbal.

“O Diário”, com prefácio de Hernâni Cidade, e “O Segredo é Amar” surgiram em 1958 e 1959, respetivamente.

O último livro editado,  “Itinerário Paralelo”, data de 1967.

Em 1999, a Câmara Municipal inaugurou um pequeno museu dedicado ao poeta, em Vila Nogueira de Azeitão.

Neste espaço, onde está também instalado o pólo local da Biblioteca Municipal, figuram o espólio literário e numerosos objectos pessoais de Sebastião da Gama, relacionados com a vida e obra do poeta.

Museu Sebastião da Gama
No edifício do museu Sebastião da Gama, que reúne um significativo espólio do poeta e pedagogo que lhe deu o nome, funciona também um pólo da Biblioteca Pública Municipal.
O museu inclui uma sala destinada ao serviço educativo e ao desenvolvimento de atividades de expressão dramática com crianças, uma exposição sobre Sebastião da Gama e sobre a história de Azeitão.


MADRIGAL A UMA ESTRELA 


De histórias de estrelas 
Ninguém quer saber. 
Não conto, não conto… 
Quem é que te quer, 

História da estrela 
Que fica por cima 
Da minha janela? 
Tão bela, tão bela! 

Comigo te guardo 
Na vida e na morte. 
Será um segredo… 
Será uma estrela 

Que eu leve a meu lado 
Na vida que leve… 
Escura que seja 
– que vida tão clara! 

Que noite tão branca 
A noite que eu durma 
(debaixo da terra) 
Debaixo da estrela! 

Não conto. Não digo. 
Comigo te guardo. 
Assim tu, ó estrela, 
Me guardes contigo… 

Sebastião da Gama

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